Uma aula sobre credibilidade de diferentes formatos de textos. Será que não se pode confiar tanto em textos que não sejam de punho científico? Muitas vezes, lemos algo e já acreditamos na veracidade da informação transmitida, sem nem sequer checar a fonte, observar da onde vieram as informações e a veracidade advinda a partir dessas. Vamos aqui, analisar quatro diferentes tipos de textos e apontar a credibilidade transmitida um a um, dando uma nota geral de 0 a 10 para os mesmos.
Texto 01 por Josivelto Cardoso Pereira: Revista Viva, edição 546.
Quem
nunca parou um instante para olhar o horóscopo em um jornal ou revista que
atire a primeira pedra. Mas, será que os astros influenciam mesmo o nosso
destino e a nossa personalidade? Muitos
acreditam que não e outros acreditam que sim. O horóscopo tradicional se
fundamenta numa lógica bastante simples: os seres humanos pertencem a um dos
doze signos do zodíaco, de acordo com sua data de nascimento.
Avaliar a credibilidade de uma previsão
de signo é algo subjetivo e complexo, pois sempre dependerá se acredita ou não
nelas. Assim, quanto mais as pessoas acreditam em astrologia, mais elas tendem
a concordar com afirmações e o grau de confiança será elevado.
Ao
deparar-se com as previsões, divulgadas pela revista: Viva, que foi publicada
no dia 10 de marco de 2010, na edição 546, percebe-se que a lógica astrológica
é perfeitamente adaptável para cada leitor independente do signo que ele julga fazer
parte. Além disso, pela forma como os horóscopos são escritos, qualquer pessoa
que o leia com relativa imparcialidade pode perceber uma coincidência entre a
previsão e algum aspecto da própria vida. Convém lembrar que, não se descobriu
uma maneira de prever o futuro de nossas vidas. Sendo assim, em se tratando de confiabilidade
das previsões não há nenhuma, por isso atribuo nota zero!
Nota: 0,0.
Texto 02 por Àrlei Fagundes de Souza: matéria online da
revista pesquisa FAPESP.
O
jornalismo tem uma história repleta de revoluções, desde o surgimento dos primeiros
jornais feitos de forma manual, até os sites jornalísticos desenvolvidos para a
web. Assim também é com a sociedade, especialmente no modelo econômico vigente
na atualidade. A busca por inovações e a imposição de falsas necessidades para
que o sistema possa se manter são uns dos fatores que proporcionam o surgimento
de novos dispositivos. Diante deste fato, o rumo que o jornalismo pode tomar
começa a entrar em questão.
A
realidade digital faz parte do cotidiano das pessoas e a comunicação possui a necessidade
de adequar-se a esta nova realidade. Numa matéria online da Revista Pesquisa
FAPESP (revista voltada para a divulgação de resultados de cunho científico e
tecnológico no Brasil) abre-se a discussão sobre os caminhos do jornalismo, a
partir de diversos dados e entrevistas com vários profissionais ligados a área
da comunicação, onde a necessidade de uma adaptação aos meios digitais se
mostra extremamente fundamental, visto que a sociedade está consumindo cada vez
mais este tipo de produto e deixando as “antigas” formas de comunicação em segundo
plano. Portanto, o nível de credibilidade desta matéria é altíssimo, visto que
existe base teórica e de dados para a sustentação desse pensamento.
NOTA: 10.0.
Texto 03 por Manuela Yasmin Scipioni: Revista: Prática
Jurídica – ano Vl – Nº 62 – 31 de maio
de 2007, página 27. Título: Maioridade Penal Contra ou a Favor?
Valter Xavier (Desembargador e Presidente do Instituto
dos Magistrados do Distrito Federal)
Comentário: Ao ler essa matéria, foi
um pouco difícil analisá-la e dar uma nota, pois o assunto abordado “Maioridade
Penal” é um tema muito atual em que está havendo vários debates sobre o mesmo.
Eis a questão: Contra
ou a Favor?
Estão
dizendo que para solucionar os problemas de violência, abaixar a maioridade
penal seria o ideal. Valter Xavier questiona isso, será mesmo que essa será a
melhor solução? Juntar as crianças com adultos? Isso se resolverá? Ou dará um
doutorado em criminalidade para os jovens? Essa matéria faz justamente esse
questionamento. Há meu ver, ele está certo, porque concordo que a diminuição da
maioridade penal não seria uma solução e sim escolas de qualidade, que deem um
incentivo para que esses jovens queiram seguir o lado “bom”, sem mexer com a
criminalidade. E caso venha se envolver com o lado “ruim”, que façam trabalhos
voluntários, tratamentos psicológicos para que esse indivíduo se arrependa do
que fez e que aniquile qualquer ideia em voltar para esse lado. Bem, só não dei
nota dez porque essa matéria poderia ser melhor, colocando dados estatísticos,
exemplos de acontecimentos em que o tratamento com o menor infrator tenha dado
certo, entre outros.
Nota: 9,0.
Texto
04 por Taíne da Silva Rodrigues: A matéria escolhida para análise é de 08 de
Junho de 2014. A COPA PRIMEIRA, da revista semanal "Mu!to" do grupo A
TARDE .
Texto de Tatiana Mendonça, abrange quatro páginas (20-24), muito bem montada a matéria conta com fotos da antiga Salvador da década de 50. (Fotos por: Fernando Vivas).
Cheia de detalhes, e um prato cheio
para quem aprecia a história do futebol e o que ele transmite, o texto traz
todo o encantamento e veracidade exigidos para uma matéria voltada para
acontecimentos da década de 50.
No ano passado quando foi lançada, vivíamos o período pré-Copa: ansiedade, manifestações, alegrias e nervosismo, todos os olhos voltados para o Brasil. A matéria relembra o mesmo período, só que há muitos anos atrás, em 1950, quando o Mundial também foi disputado aqui. Com linguagem objetiva, a matéria é direcionada principalmente á Salvador, aos costumes daquela época, e as reações da população diante dos jogos e da triste derrota da Seleção em que todos confiavam. A autora do texto, em cada parágrafo que segue, nos remete as cenas descritas, permite ao leitor acreditar naquilo que está escrito, pois é remetido a um passado distante, mas o qual parece estar diante dos olhos, graças a descrição muito bem elaborada do momento.
No ano passado quando foi lançada, vivíamos o período pré-Copa: ansiedade, manifestações, alegrias e nervosismo, todos os olhos voltados para o Brasil. A matéria relembra o mesmo período, só que há muitos anos atrás, em 1950, quando o Mundial também foi disputado aqui. Com linguagem objetiva, a matéria é direcionada principalmente á Salvador, aos costumes daquela época, e as reações da população diante dos jogos e da triste derrota da Seleção em que todos confiavam. A autora do texto, em cada parágrafo que segue, nos remete as cenas descritas, permite ao leitor acreditar naquilo que está escrito, pois é remetido a um passado distante, mas o qual parece estar diante dos olhos, graças a descrição muito bem elaborada do momento.
No entanto, o que fez com que minha
nota para esta matéria fosse oito, foi a forma como os sentimentos dos
personagens foram evidenciados no texto.
O conteúdo me agrada bastante, mas, a maneira como está nítida a alegria das pessoas com a Copa no país e a dolorosa decepção do Mundial não conquistado, me chamaram atenção do início ao fim do texto. Acredito que o espaço direcionado para história dos jogadores baianos que disputaram o mundial, e pouco tempo depois encerraram as carreiras em times do estado, onde perderam o reconhecimento, e ainda as notícias da inauguração do estádio Octávio Mangabeira (Fonte Nova) que não recebeu jogos da Copa, deram mais credibilidade ao texto.
O conteúdo me agrada bastante, mas, a maneira como está nítida a alegria das pessoas com a Copa no país e a dolorosa decepção do Mundial não conquistado, me chamaram atenção do início ao fim do texto. Acredito que o espaço direcionado para história dos jogadores baianos que disputaram o mundial, e pouco tempo depois encerraram as carreiras em times do estado, onde perderam o reconhecimento, e ainda as notícias da inauguração do estádio Octávio Mangabeira (Fonte Nova) que não recebeu jogos da Copa, deram mais credibilidade ao texto.
A tristeza pela qual os personagens
de 1950 passaram, foi a mesma que vivemos em 2014 "O que aconteceu foi
apenas isto: tragédia. Tragédia dura, amarga, desesperadora. (...) Vimos a dor,
sentimo-la também em toda sua plenitude" escreveu Roschild Moreira para o
jornal A TARDE da época. A matéria de fatos antigos é mais recente do que se
poderia imaginar quando foi escrita. Os sentimentos relacionados ao futebol
nunca mudam, eles vão ganhando cada vez mais intensidade como mostra a matéria.
Isso move o futebol, sentimentos nunca desaparecem. Mudam-se apenas os
personagens, para que novas histórias e matérias tristes e alegres possam ser
escritas, lidas e apreciadas.
Nota: 8,0.
Análise
geral por: Leilane Cristina Sversuti, relação baseada em todas as notas dos
textos acima.
Temos neste contexto quatro
diferentes tipos de textos, com conteúdos, teses, linguagens e argumentos
diferenciados a partir de seus respectivos temas.
O primeiro texto nos remete a crença
por signos e sua representação por meio de horóscopo. É um tipo de leitura
diária e entretenitiva. Eu uso dessa para passar o tempo, outras pessoas
acreditam piamente em tudo que está sendo dito. Porém, sabe-se que o mapa
astral que ali foi apresentado, é característico do senso comum, logo: é feito
para falar de assuntos que agradam a todos, não tem por si só uma comprovação e
certeza dos fatos. A linguagem utilizada nesta matéria é leve, e entendível
podendo até ser passada com meio de gírias. Algo bem descontraído e informal. A
nota zero dada por nosso colega Josivelto faz referência a justamente a falta
de credibilidade do conteúdo oferecido por meio desta, já que não há como haver
uma comprovação real dos fatos apresentados.
O segundo texto, trata-se de uma
matéria de uma revista científica digital, e diferentemente da análise acima,
temos neste, um assunto que traz um leque de leitores que se interessam por
esta área tecnológica. São leitores que buscam esses tópicos apontados pela
revista, diferentemente do horóscopo: aonde grande parte dos leitores vai ao
acaso. Outro ponto que se difere do demais, é que, neste há comprovação de tudo
que se é abordado, toma temática utilizada tem por base uma fonte confiável.
Por se tratar de um arquivo online,
muitas pessoas desconfiam das fontes e da segurança que este transmite, porém,
esse quadro está em declínio, uma vez que estamos numa era de adaptação. Logo,
tudo será convertido para o meio digital, as grandes massas terão de dar um
ponto a mais de confiança para estes meios. Todos esses prós justificam a nota
dez eleita pela análise.
A terceira temática é atual e
polêmica, a data da revista de 2007 nos remete que ainda hoje discutimos
maioridade penal: um tema difícil de ser discutido, pois abrange muitas
questões. Por ser um texto jurídico, poderia ser menos acessível à compreensão
imediata, porem, não é o caso deste que usa linguagem simplificada e objetiva.
O autor nos faz refletir – prós e contras – rodeados dentro dessa temática, e
ele atua no discurso muito bem, nos influenciando a adotar a vertente do seu
ponto de vista, isso quando, não se tem de antemão uma opinião já formada pelo
assunto. O texto tem credibilidade e estrutura, e se vale da nota nove recebida.
O
quatro e último texto tem novamente um público específico: esportivo. Aborda
sobre a copa e sensações. É um texto que tem sua carga informativa, contribui
de certa forma no nosso pensar, quando nos remete a refletir sobre a mesma
sensação sentida antes e novamente: de derrota. Onde as mesmas palavras uma vez
ditas para outro caso, se enquadram perfeitamente na situação da copa última
copa ocorrida em 2014. O autor se justifica dessa afirmação ao dizer: A matéria
de fatos antigos é mais recente do que se poderia imaginar quando foi escrita.
Os sentimentos relacionados ao futebol nunca mudam, eles vão ganhando cada vez
mais intensidade como mostra a matéria. Isso move o futebol, sentimentos nunca
desaparecem. Mudam-se apenas os personagens, para que novas histórias e
matérias tristes e alegres possam ser escritas, lidas e apreciadas (Roschild
Moreira para o jornal A TARDE).
Se embasando nestes quatro diferentes
tipos de textos que têm seu peso em relação às notas. Acredito que a
credibilidade mais alta se dá pelos que apresentam confirmação dos fatos
discutidos: seja o de punho jurídico: maioridade penal, o da revista científica
digital, e o que reflete sobre aspectos das emoções dentro do âmbito futebolístico.
Todos estes têm um público definido, que se lê sobre de livre e espontânea
vontade, porque se interessam no tema apresentado, acreditando então na
credibilidade oferecida por estes.
Já o texto de horóscopo apesar de ser
uma leitura entretenitiva, não traz certeza do que se afirma, logo não tem
tanta credibilidade.